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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO

No início do século 19, quando chegaram ao Rio Grande do Sul para recomeçarem suas vidas, os primeiros imigrantes italianos encontraram na área em que hoje se localiza o Município de Muçum semelhanças com a Terra natal, fixando no local os primeiros assentamentos, onde mais tarde viriam a construir Guaporé.

Com origem guarani, Guaporé significa provavelmente “vale deserto” ou talvez “rio encachoeirado”. Situado no Planalto da Serra Geral, Guaporé possui relevo acidentado, altitude máxima aproximada de 700 metros e 478 metros acima do nível do mar.

A colônia de Guaporé foi criada em 1892, em terras pertencentes aos municípios de Lajeado e Passo Fundo, sendo dirigida pelo Engenheiro José Montauri de Aguiar Leitão, que designou o também Engenheiro Vespasiano Rodrigues Corrêa para limitar e lotear as terras, demarcando 5 mil lotes que mediam entre 25 e 30 hectares.
Logo os primeiros migrantes provindos das colônias de Caxias do Sul, Bento Gonçalves e Veranópolis chegaram ao local, de modo que, em 1896, a colônia já contava com cerca de 7 mil habitantes, em sua maioria italianos, incluindo alguns alemães, poloneses, russos e austríacos.

Frente ao desenvolvimento e a prosperidade, marcas que permanecem até os dias atuais, em 11 de dezembro de 1903, o decreto número 664 instituiu Município de Guaporé, tendo como primeiro Intendente o engenheiro Vespasiano Corrêa, empossado em 1º de janeiro de 1904.

Em 1910, Guaporé já possuía 30 mil habitantes, com 170 prédios e 1020 moradores no centro, dotado de praça, telégrafo, correio e uma primitiva Igreja Matriz. Seus principais produtos agrícolas eram arroz, feijão, milho, soja, laranja e uva. Contava ainda com 82 casas de negócios e algumas indústrias, destacando-se na produção de aguardente, banha, vinho, ovos e queijo.

Ao longo dos anos, diversos distritos deixaram de pertencer a Guaporé. Com a instalação do município de Marau em 1954 perdeu seu 7° distrito, o de Maria (posteriormente, município de Vila Maria), além de Casca, Evangelista e São Domingos do Sul, que formariam o município de Casca. Em 1959, emancipou-se de Guaporé o distrito de Muçum, em 1960 o distrito de Serafina Corrêa e, mais recentemente em 1987, o município de Dois Lajeados.

Aos poucos, o desenvolvimento econômico, cultural, religioso e industrial do Município de Guaporé se torna visível. Um desses exemplos, trazido pelos imigrantes italianos, foi a construção da Igreja Matriz, no ano de 1897, cuja construção demorou 50 anos. Em estilo Gótico, é um dos orgulhos da comunidade guaporense por sua rara beleza e tem como padroeiro Santo Antônio.

Junto com outros imigrantes, chega a Guaporé, em 1907, a Família Pasquali, que trazia em sua bagagem o conhecimento, a coragem e espírito empreendedor na prestação de serviços de ourivesaria. Após dois anos, em 1909, João Pasquali inaugura sua empresa de ourives, sendo o princípio da fabricação de joias na cidade e o começo da marca "Pasli". A empresa funcionava em uma pequena casa de madeira, no térreo, sendo o pavimento superior, sua residência, localizada na atual Avenida Alberto Pasqualini;

O ramo joalheiro se desenvolveu ampliando negócios, gerando emprego e renda, fortalecendo o espírito empreendedor da comunidade, o que pode ser comprovado pelo número expressivo de empresas, transformando Guaporé em Polo Estadual e segundo lugar no âmbito nacional na produção de joias folheadas, com comercialização nacional e internacional.

Outra empresa que trouxe desenvolvimento ao município surgiu em 7 de fevereiro de 1919, sob a razão social de Corbetta, Termignoni & Cia, iniciando assim, o Curtume Guaporense, sendo considerada uma das maiores empresas do setor coureiro da América do Sul. 
Em 1924, o Curtume Guaporense já figurava entre os mais importantes estabelecimentos do Município, realizando a exportação de 82 mil peles. Com o crescimento da indústria, formou-se ao seu redor o bairro chamado popularmente de "Borgo", o qual vivia em função do Curtume que dava trabalho a seus moradores. 
Além do curtimento do couro, fabricavam-se correias de transmissão, couros técnicos para indústrias têxteis, para vestuário, luvas, malas, chinelos e outros artigos, exportados para as principais praças do país e Estados Unidos. A empresa possuia filiais em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife.

A agricultura também figurou como uma das mais importantes fontes de economia de Guaporé, sendo que, em 1937, é criado o Moinho Rio-grandense Bungborn, no prédio do Moinho Pandolfo, e se tornou uma das maiores empresas do município sob o nome S/A Moinhos Rio-grandenses - SAMRIG. O prédio maior, na esquina, com a divisão dos pavimentos em madeira, conseguia oferecer uma capacidade de armazenagem de até 300 toneladas ou 5 mil sacos.

Nos anos de 60, Guaporé era um município basicamente agrícola, se destacando no Estado do Rio Grande do Sul como grande produtor de milho, promovendo a “Festa do Milho” de forte repercussão no Estado, pois além do parque de exposições se sobressaía pelo desfile de carros alegóricos, semelhantes à Festa da Uva de Caxias do Sul.

No ano de 1969, através de um grupo de aficionados pelo automobilismo, teve início a construção do autódromo, inicialmente com provas automobilísticas realizadas em chão batido impregnado com óleo. Atualmente, a pista conta com 3.080 metros, localizada em uma praça esportiva de 800 mil metros quadrados que comporta uma área de camping, Kartódromo, parquinho infantil e um lago com aproximadamente 4 metros de profundidade, sendo mais uma das belezas naturais que o Autódromo Internacional de Guaporé proporciona aos seus associados e visitantes.

Diversificando o acesso a Guaporé, no ano de 1978, foi concluída a tão sonhada Ferrovia do Trigo, cujas obras se estenderam por décadas. Motivo de orgulho para os guaporenses por sua magnitude de engenharia, a Ferrovia era uma atração turística, pois o trem passava por montanhas e vales, além de 26 pontes e viadutos e 34 túneis. 
Nesse trecho, está o Número 13, também conhecido como Viaduto do Exército. Com 509 metros de comprimento e 143 metros de altura, sendo considerado o maior viaduto ferroviário da América Latina, e um dos mais altos do mundo.

Ainda decorrente do espírito empreendedor e criativo do empresariado guaporense, surgiu nos anos 90, o emergente mercado de moda íntima, gerando emprego e renda, que vem se destacando no mercado estadual e nacional, com abrangência de outros países da América e da Europa.

Graças à valorização e a herança deixada pela cultura da imigração fortalecida pelo espírito criativo de sua comunidade, o Município de Guaporé se destaca no turismo de compras dentre os demais da região. Os produtos que oferece, essencialmente joias e lingerie, são a prova de um olhar inovador sobre o mundo, pois agregam beleza, qualidade e sofisticação.

Durante o ano, o município conta com eventos direcionados ao turismo de compras, tanto para o consumidor final, como para lojistas e atacadistas que trazem ao município em torno de 50 mil visitantes.

Guaporé sempre agiu com responsabilidade no setor educacional, atingindo elevados índices nessa área, pois sempre contou com escolas padrões, sejam elas municipais, estaduais ou particulares.
Em 18 de outubro de 1991, é instalado o Núcleo da Universidade de Caxias do Sul em Guaporé com a abertura do curso de pós-graduação de "especialização em metodologia e pesquisa no ensino superior" e dois anos depois em 1993, o curso de Bacharelado em Ciências Contábeis e em 1995, o de Tecnologia em Processamento de Dados.

Com uma população de aproximadamente de 25 mil habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Guaporé deixou de ter a sua principal fonte de trabalho e riqueza na agricultura, passando a uma população 90% urbana. A indústria é hoje a principal fonte de riqueza de Guaporé, embora ainda seja expressiva no Orçamento Municipal a contribuição do setor agrícola.

Guaporé, embora centenária, é uma cidade jovem e moderna que através de seu dinamismo e criatividade, seus filhos são reconhecidos e destacados nos quatro cantos do Mundo. Considerada a Capital da Hospitalidade, também recebe o carinhoso título de Capital da Moda Íntima e das Joias folhadas, sendo que o brilho e o glamour dos produtos confeccionados aqui são os atrativos principais para se conhecer.

Venha nos visitar, estamos te esperando de braços abertos!!

BANDEIRA

A Bandeira Municipal de Guaporé, de autoria do Senhor Emílio Benvenuto Zanon e revisão técnica do heraldista e vexiologista, Professor Arcinoé Antonio Peixoto de Farias, da Enciclopédia Heráldica Municipalista, será cortada de branco e verde, tendo ao centro um círculo branco de oito módulos de circuinferência, onde o Brasão Municipal é aplicado. A cor branca, simboliza a paz, a amizade, o trabalho, a prosperidade e a religiosidade. A cor verde simboliza a honra, a civilidade, cortesia, alegria, abundância – lembrando os campos verdejantes da primavera, fazendo esperar copiosa colheita.

A Bandeira, por opção será cortada de branco e verde, aliando nesta simbologia, o trabalho e a produção agrícola, conforme o estabelecido em Lei Municipal nº 1096/80 de 10 de dezembro de 1980.

BRASÃO

O Brasão de armas de Guaporé, de criação e autoria do Senhor Emílio Benvenuto Zanon, com assistência heráldica do heraldista e vexiologista Professor Arcinoé Antonio Peixoto de Farias, da Enciclopédia Heráldica Municipalista e descrito em termos próprios, da seguinte forma: escudo clássico flamengo-ibérico, encimado pela coroa mural de oito torres, de argente e iluminada de goles; em campo de prata, o capacete de mercúrio de goles, e uma meia engremagem de sabres. Ao termo, em duplo mantel de sinopla e um ondado de argentes, um ondado de sinopla nos ornamentos exteriores. A extra, uma cana de milho frutada tendo em ponta, pâmpanos “uvas” e a sinistra um galho de macieira ao natural e frutificados, tendo também, em ponta, outro cacho de pâmpanos, tudo sobreposto de um listel de goles, contendo em letras argentinas o topônimo “Guaporé”, ladeado pelos milésimos “1892 – 1903”,conforme o estabelecido em Lei Municipal nº 1096/80 de 10 de dezembro de 1980.

Simbologia em termos próprios de heráldica, tem a seguinte significação simbólica:
O escudo clássico flamengo ibérico, usado para representar o brasão de armas de Guaporé, é de estilo de escudo adotado em Portugal, como em toda Península Ibérica, invocando a época do descobrimento do Brasil, época em que foi adotada em Portugal em substituição ao estilo samitico de origem francesa, usado até então em homenagem ao Conde Henrique de Borgonha, fundador do comando portucalense e Frances de nascimento:

No campo do escudo, o capacete de mercúrio de goles (vermelho), lembra as atividades comerciais e a meia engrenagem de sable (preto), indica a indústria florescente do município;

A cor goles (vermelho), representada no capacete de mercúrio, é símbolo de dedicação, amor-pátrio, audácia intrepidez, coragem e valentia. O metal sable (preto), de meia engrenagem, é símbolo heráldico de prudência, fortaleza, constância e sabedoria;
O duplo mantel de sinopla (verde),é símbolo de honra, cividade, cortesia, alegria e abundância. È a cor simbólica da esperança – lembra os campos verdejantes da primavera, fazendo esperar copiosa colheita; o duplo mantel lembra a topografia do município, constituída de pequenos montes. O O aguado de argente, ondado de sinopla,lembra o topônimo “Guaporé”, sendo o aguado – rio que lhe empresta o nome.

A coroa mural que sobrepões o escudo de oito torres, sendo cinco a vista, em perspectiva no desenho de argente (preto) e iluminada de goles(vermelho), classifica a cidade representada na segunda grandeza ou seja, sede da comarca;
Nos ornamentos exteriores, o milho, os pâmpanos e as maçãs, representadas, lembram alguns dos principais produtos oriundos da terra dadivosa e fértil, esteio da economia municipal;

No listel de goles (vermelho), em letras argentinas (prateadas), inscreve-se o topônimo identificador “Guaporé”, ladeado pelos milésimos 1892, ano da criação da colônia de Guaporé, constituída de emigrantes italianos e 1903, ano de sua emancipação política.

HINO DO MUNICÍPIO

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O Hino Municipal é o que se compõe da música de Romoaldo Francisco Dal Más em parceria com Sergio Brum, com versos de Iracema Daskoski Brum, conforme o estabelecido em Lei Municipal nº 1001/77 de 17 de agosto de 1977.

HINO DE GUAPORÉ
Letra: Iracema Daskoski
Música: Romualdo Dal Mas e Sérgio Brum

No aconchego destas terras entre rios e serras eu nasci
Hoje vejo tua grandeza refletindo a natureza que Deus criou para ti
Vi o teu nome crescendo, um povo lutando e querendo dar-te brilho
E unido no mesmo estandarte quero feliz expressar-te
O orgulho de ser teu filho

Estribilho:
Guaporé meu pedaço de Brasil
Minha linda e formosa cidade
O povo quer, te ama e te chama 
Capital da hospitalidade.
(Bis)

Com o trabalho e união "pra frente" Guaporé com paz e amor
E a esperança de tua gente que te eleva no presente e te torna assim tão cheio de valor
E por tudo o que aqui temos muito ainda nós faremos e serás melhor
E nos braços do futuro veremos Guaporé seguro, unido e bem maior.

Estribilho...