Vigilâncias Sanitária e Epidemiológica monitoram os casos com atenção e alerta às instituições de ensino, pais e comunidade em geral sobre os riscos da síndrome
A Secretaria Municipal de Saúde de Guaporé registrou nas últimas semanas um aumento dos casos condizentes com a doença mão-pé-boca (SMPB) em crianças com até cinco anos. Por conta dos números registrados, as vigilâncias Sanitária e Epidemiológica monitoram os casos com atenção e alerta às instituições de ensino, pais e comunidade em geral sobre os riscos da síndrome.
A doença mão-pé-boca é contagiosa, causada pelo vírus Coxsackie, da família dos enterovírus que habitam normalmente o sistema digestivo e que também podem provocar estomatites (espécie de afta que afeta a mucosa da boca).
A enfermidade é caracterizada por febre, lesões na boca e erupções cutâneas (bolhas na pele). Inicia com febre, falta de apetite, mal-estar e com frequência dor de garganta.
A Secretaria de Saúde do município de Guaporé-RS vem orientar a comunidade, principalmente a comunidade escolar e os pais, sobre a necessidade de procura por atendimento médico a qualquer indicativo da doença, considerando seu alto risco de transmissão e a necessidade de cuidados imediatos das crianças.
Os sinais característicos da doença são:
• Febre alta nos dias que antecedem o surgimento das lesões;
• Aparecimento na boca, amídalas e faringe, de manchas vermelhas com vesículas branco-acinzentadas no centro que podem evoluir para ulcerações muito dolorosas;
• Erupção de pequenas bolhas em geral nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, mas que pode ocorrer também nas nádegas e na região genital;
• Mal-estar, falta de apetite, vômitos e diarreia;
• Dificuldade para engolir e muita salivação, geralmente causados pela dor;
A transmissão da doença se dá pela via fecal/oral, através do contato direto entre as pessoas ou com as fezes, saliva e outras secreções, ou então através de alimentos e de objetos contaminados. Mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas. Diante da necessidade de reduzir o risco de novos casos, orientamos as Instituições de ensino infantil a realizarem as seguintes medidas de controle:
As crianças e adultos que estiverem com sinais e/ou sintomas de SMPB não deverão frequentar escolas ou creches até recomendação médica para o retorno;
Lavagem frequente e correta das mãos, especialmente após a troca de fraldas e de usar o banheiro;
Limpeza e desinfecção de superfícies e artigos incluindo brinquedos, primeiramente com água e sabão e com solução desinfetante (álcool 70% ou solução a base de cloro/água sanitária);
Evitar ao máximo contato próximo (beijar, abraçar, dividir talheres e copos) com pessoas com a Doença Mão-Pé-Boca;
Limitar a exposição das crianças doentes, mantendo afastadas da escola ou creche as que apresentam sintomas.
Todo o caso de SMPB deve ser encaminhado ao serviço de saúde para diagnóstico e orientações, quanto ao tratamento e controle;
Manter um bom nível de higienização e desinfecção na casa, creches e escolas.
Evitar compartilhamento de itens pessoais, tais como: colheres, copos e outros utensílios. Lembrando sempre de lavá-los adequadamente após uso.
Descartar adequadamente fraldas e lenços de limpeza em lixeiras fechadas.
Cabe ressaltar, que o afastamento da criança da creche e da escola não é capaz de evitar por completo a disseminação da doença. O contágio é maior na primeira semana, no entanto a transmissão do vírus pode ocorrer em crianças assintomáticas e durante várias semanas após a resolução dos sintomas.
IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.